Austrália diz que mortos em incêndios passarão de 220

Até agora, a pior onda de incêndios na Austrália havia matado 75 pessoas em 1983.
No sábado, o principal incêndio no estado de Victoria havia queimado 3.000 hectares do parque nacional, quando temperaturas subiram até os 50 graus centígrados. Em questão de horas, o fogo queimaria 30 mil hectares, depois que o vento mudou de direção.
Os incêndios continuam no domingo, numa área de 2.000 quilômetros quadrados, ao norte de Melbourne. Algumas cidades ainda estão ameaçadas, segundo o site da australiana ABC.
O fogo passou por cidades rurais ao norte de Melbourne no sábado à noite, destruindo tudo no caminho, chegando a forçar uma família a mergulhar no tanque da fazenda para sobreviver. Outros foram para abrigos comunitários, enquanto bombeiros permaneceram entre eles e as chamas.
Neste domingo, sobreviventes, enrolados em colchas, vagavam em volta dos escombros queimados. Alguns choravam, sem saber se amigos e familiares estavam bem.
Na cidade de Wandong, a 50 quilômetros de Melbourne, um sobrevivente contou que havia achado o corpo de um amigo no que restou de uma casa queimada.
"Mais 20 segundos, e nós tínhamos ido. Perdemos nossos cachorros. Houve um monte de pessoas mortas. Nossos vizinhos não escaparam", declarou um dos sobreviventes.
Sydney (Austrália), 10 fev (EFE).- O governador do estado australiano de Victoria, John Brumby, disse hoje que os 50 desaparecidos pelos incêndios florestais farão aumentar o número de mortos a 220.
"Há ainda um grande número de pessoas, mais de 50, que o legista acredita que morreram, embora ainda não tenham sido encontrados seus corpos ou identificado seus cadáveres", acrescentou Brumby.
Os legistas advertiram que é possível que alguns restos fiquem sem identificação, já que o fogo acabou destruindo as digitais dessas pessoas.
"Quando se vê essas áreas do céu, é horrível. Em particular, a zona que rodeia as povoações de Kinglake e Marysville. Há centenas e centenas de casas totalmente destruídas, portanto o número continuará crescendo", afirmou Brumby, em coletiva de imprensa concedida após visitar a região de Mudgegonga, em Victoria.
Só na zona à qual Brumby se referiu, as de Kinglake e Whittlsea, foram ao menos 147 mortos.
O número oficial de vítimas mortais atual é de 173 em todo o estado.
RETIRADO DOS SITES http://noticias.uol.com.br/ultnot/efe/2009/02/10/ult1807u48472.jhtm e
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